segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Rede Comunitária na IX Semana de Extensão da UnB

A IX Semana de Extensão da Universidade de Brasília abre hoje sua programação que estende-se até dia 02/10 - Sexta Feira. A Rede Comunitária de Comunicação/Escola de Comunicação Comunitária, participa do evento em parceria com o CEDOC - Centro de Documentação da UnB, realizando o projeto De memória em memória, conte a sua história, na Tenda Transversal instalada no Campus Darci Ribeiro, e Coordenando as Oficinas da Memória Candanga no Campus de Planaltina, em parceria com a Associação dos Amigos do Centro Histórico de Planaltina. No Campus da Ceilândia aconteceram também as Oficinas da Memória Candanga, com o apoio da Casa Brasil.

RedeCCom na Pousada da Vila e Paracatu MG




























sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Gui Varella na RedeCCom, em defesa da Vila Itororó





Parceiros e parceiras,
matéria sobre a Vila Itororó, espaço importantíssimo da cultura paulistana, que está tendo seus moradores despejados. No meu blog: http://guilhermevarella.blogspot.com/Segue, também, abaixo:Lembrando que amanhã tem VILADA CULTURAL, a partir das 14h. Abs, Gui Varella
Patrimônio vivo da cultura, Vila Itororó pode ter seus moradores despejados
“Este inédito e repentino desejo de intervenção da administração pública na Vila Itororó equipara-se ao futuro dizimando o presente. Que incontestavelmente se faz com gente. Mas, o que é gente? Se comparada aos anseios e empreendimentos dos que detém o poder. Pois é deles o todo certo! Assim sendo, há mais glamour em grandes feitos. Que embora não eternos, também resistem ao tempo. Gente é apenas gente, meras vidas que se ceifam, que hora ou outra também cessam. Não eternas como ideais ou diamantes.”
(Rener, morador da Vila Itororó)No próximo sábado, 26/09, ocorrerá a “Vilada Cultural”, um evento que pretende chamar a atenção da sociedade paulistana para a vida cultural que existe na Vila Itororó, uma vila centenária no coração da Bela Vista.O nome “Vilada” é uma alusão direta à “Virada Cultural”, megaevento com várias atrações artísticas, realizado anualmente pela Prefeitura de São Paulo. Prefeitura que, para construir um grande centro cultural na Vila Itororó e para a preservação do patrimônio histórico, está desalojando todos os seus habitantes, sem qualquer garantia de novas moradias nem da preservação de sua memória.O trecho citado em epígrafe foi extraído da carta de um desses moradores e traz um pouco da sensação de estarem prestes a perder suas casas, desde que foi concedida a liminar da imissão na posse, no dia 4 de agosto desse ano. Na prática, a medida é uma ordem de despejo das 77 famílias residentes no local. A maioria morando na Vila há cerca de 30 anos. Algumas vivendo lá há mais de 60.A ação de usucapião especial, impetrada em 2008 visando garantir o direito dos moradores permanecerem no local, ainda não foi concluída, porém o atual estágio da ação de desapropriação – que corre em processos distintos - permite o despejo, mesmo sem estar acertada a indenização.O projeto de um centro cultural na Vila Itororó é parte da política cultural da prefeitura e governo de São Paulo, baseada na construção de grandes teatros e casas de espetáculo no centro da cidade, e segue também as diretrizes da política urbana dessa gestão. Alinham-se o deslocamento da população carente que reside na região central – a chamada “higienização social” – e a implementação de medidas que valorizem o espaço para que as camadas mais altas da sociedade possam freqüentá-lo, como a construção desses aparelhos culturais.Modelo dessa política é a chamada Nova Luz. A exemplo do que vem ocorrendo na Vila Itororó, para a construção do maior de teatro de dança do país na região da Luz o Estado de São Paulo desapropriou prédios abandonados e ocupados pela população e uma antiga rodoviária que sediava um comércio popular, e deslocou os moradores de rua do local. Tanto na Vila Itororó quanto na Nova Luz, a finalidade histórica da região e toda a população que ali mora e trabalha não são incorporados nos projetos.A VilaA Vila Itororó é uma construção de 1920, na rua Martiniano de Carvalho, entre o Bexiga e a Bela Vista. Construído pelo imigrante português Francisco de Castro, o prédio recebeu esse nome por estar localizado na nascente do antigo Rio Itororó. Sua arquitetura é peculiar, objeto de estudos científicos em arquitetura e urbanismo. Foi erguida com restos de materiais de um antigo teatro que havia sido demolido na região e foi a primeira casa com piscina na cidade de São Paulo, motivo para agregar a comunidade local em seu entorno.Tombado pelo CONPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), o conjunto possui 37 casas interligadas por um pátio, com a piscina no centro, num espaço de 4,5 mil metros quadrados.Foi declarada de utilidade pública em 2006, quando se iniciou o processo de desapropriação em face da Fundação Leonor de Barros Carvalho. A Fundação, que administrava a Vila e cobrava o aluguel dos moradores, abandonou-a completamente desde 1997. A partir de então, coube aos moradores a preservação do local, sem qualquer apoio público.O aspecto histórico embasa e demanda a ação de preservação do patrimônio cultural constituído pela Vila. Contudo, o projeto de construção do centro cultural, como está posto, exclui a sua população, historicamente ligada à região.Cultura e moradia: direitos incompatíveis? Para a professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Raquel Rolnik, é necessário que um projeto cultural como esse seja compatível com a questão habitacional. Relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o direito à moradia adequada, ela afirma ser possível a concepção de um projeto que una a finalidade cultural à permanência dos moradores.“É necessário que se leve em conta os indivíduos que ali residem, vivem e trabalham já há tantos anos. A função moradia é plenamente compatível com a função centro cultural. Ainda mais se a cultura for vista como parte da vida e não apenas como espetáculo”, diz Rolnik.A opinião é compartilhada pelo professor Celso Fernandes Campilongo, da Faculdade de Direto da USP, que, em artigo publicado no Estado de São Paulo, em de 12 de agosto desse ano, enfatizou: “cultura e moradia não são valores antagônicos”.No texto, o professor contextualiza a desapropriação para a construção do centro cultural na problemática do centro de São Paulo. Segundo ele, “um dos grandes problemas do centro de São Paulo é justamente não possuir moradores. Fica deserto após o horário comercial. A ideia do centro cultural amplia o erro. Um dos grandes problemas do País é o déficit de oito milhões de moradias. Qual a contribuição da proposta da Prefeitura para a questão? Nenhuma. Por que não combinar as soluções? Basta, simplesmente, defender o patrimônio cultural, reconstruir e equipar a Vila Itororó, como deve ser feito, e, também, oferecer condições de habitabilidade ao conjunto urbano”.Um projeto com esse escopo já existe. Foi desenvolvido pelo grupo Vida Associada, composto por alunos da Faculdade de Arquitetura do Mackenzie, e discutido com os moradores e com outros grupos que vem apoiando a Vila Itororó.Um desses grupos é o Serviço de Assessoria Jurídica Universitária (SAJU-SP), de estudantes da Faculdade de Direito da USP. Paulo Leonardo Martins, integrante do SAJU, afirmou que o projeto alternativo é viável e poderia ser considerado pela prefeitura. “Seria paradigmático. Uma maneira de utilizar a revitalização do centro como forma de valorização do espaço e das pessoas, baseado na integração dos usos habitacional e cultural e na manutenção do vínculo e das relações ali estabelecidas”, disse.Sem ouvidos nem satisfaçõesA dificuldade, entretanto, está na falta de diálogo com a prefeitura. Desde o início do processo de desapropriação, em 2006, nunca houve uma audiência para a tentativa de compatibilização dos projetos de modo a manter os moradores no local. Tampouco para uma explicação acerca da finalidade do projeto e da solução para o problema da perda das casas.Quem explica isso é Antonia Candido, moradora da Vila Itororó há 28 anos, integrante da Associação dos Moradores da Vila Itororó (AMAVILA). “Nunca nos deram satisfação alguma. Tudo o que sabemos é pela imprensa, quando saem notícias sobre a Vila, sobre o bolsa-aluguel de R$ 300,00 ou o prédio não sei aonde que vão construir. Mas, e nós? É nossa cultura, nossa casa, nossa vida. Tem que nos perguntar se estamos de acordo com isso!”.Antonia afirma que há uma dificuldade ainda maior, pelo fato de a prefeitura tratar a Vila como se fosse uma invasão ou uma ocupação. Todos os moradores da Vila, segundo ela, sempre pagaram aluguel à fundação proprietária, que abandonou a administração e o cuidado com o espaço. Assim como a prefeitura, que desde a declaração de utilidade pública, nunca mais destinou recursos para conservar o local.Cultura da Vila ou cultura para a Vila?A professora Raquel Rolnik destaca a origem operária da Vila, que abrigava os trabalhadores do Bexiga, e a importância cultural de essa memória urbana ser preservada. “A Vila Itororó é um dos focos da vida cultural do Bexiga, uma das regiões de maior riqueza cultural de São Paulo. A preservação da memória operária e urbana da Vila é essencial para a própria memória cultural da cidade. Esse viés operário da história e da produção cultural tem que ser considerado”, afirma.Atualmente, além de objeto de estudos de arquitetura, urbanismo e patrimônio histórico, a Vila Itororó, como explica a moradora Antonia Candido, é espaço de locação para novelas e filmes, para a pesquisa de diversas linguagens artísticas e para apresentação de vários grupos de teatro. Os grupos (Em)pulso Coletivo e Mapa Xilográfico são dois que adotaram a Vila – ou foram adotados por ela.Ator e diretor do (Em)pulso, Jorge Peluso reafirma a vocação cultural da Vila Itororó. A ação artística de seu grupo, desenvolvida sem apoio financeiro, envolve artes cênicas, música, cenografia, vídeo, arquitetura e antropologia. Mas sua atuação, para além das artes, abrange os demais coletivos que freqüentam o espaço, no intuito de desenvolver, juntamente com os moradores, uma política cultural específica para a Vila, que se contraponha à política implementada pela prefeitura.“A importância do patrimônio cultural da Vila”, diz Peluso, “está na interação das pessoas com o prédio, no uso cotidiano que se faz dali, na convivência, na memória das famílias e no valor simbólico desse conjunto. Qualquer projeto de cultura para a Vila tem que levar tudo isso em conta”.De acordo com Raquel, “há um erro estratégico em se construir um centro cultural num lugar que já é um centro cultural. Construir algo ali, eliminando sua população, é desconsiderar toda a diversidade étnico-cultural existente, a convivência cultural estabelecida e a grande produção cultural historicamente realizada nesse importante espaço do Bexiga”.Paulo Leonardo, do SAJU, garante que a população tem clareza da importância de cada morador para a história da Vila. Com os outros membros do SAJU, ele desenvolveu várias discussões com os moradores sobre temas como educação popular e concepção de cultura. “Os moradores têm firme convicção sobre o papel cultural que exercem e plena consciência que um centro cultural construído ali vai trazer cultura consumível não para eles, mas apenas para quem tem dinheiro para consumir”, resume.Vida, Vila e Vilada“Como é possível falar em revitalização sem vida? Se você valoriza o patrimônio físico em detrimento do patrimônio humano, a humanidade não vale nada”. Assim Antonia resumiu a sua opinião sobre a visão de cultura da prefeitura quando olha para a Vila Itororó.A idéia de mostrar a importância da manutenção da população local para a vida cultural da Vila e do bairro, para além da simples preservação do patrimônio, tem movido a AMAVILA e os diversos grupos, artistas, arquitetos, urbanistas e políticos que apóiam a causa.Uma das medidas foi um abaixo-assinado dos moradores, solicitando uma audiência pública para a discussão do caso na Câmara Municipal. O pedido foi aceito, resta agora agendar a data.Outra ação é a organização da Vilada Cultural, que vai ocorrer nesse final de semana. Jorge Peluso, um dos organizadores, diz que a idéia não é apenas chamar a atenção para a Vila, mas “gerar reflexões e discussões acerca do papel da cultura na sociedade e trazer o simbólico para ajudar a entender o espaço e enxergar relações que no cotidiano passam despercebidas”.A Vilada ocorrerá das 14h às 22h no pátio da Vila e terá intervenções teatrais, plantio de árvores, exibição de filmes e espetáculos de música. Para Paulo Leonardo, que garante a disposição dos moradores em permanecerem na Vila até que se resolva o impasse, “a Vilada será essencial para demonstrar que na Vila são possíveis diversas formas de uso cultural, sempre aliadas à habitação”.
Postado por Gui Varella

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

VITÓRIA DA CULTURA NACIONAL

Aprovados hoje o 1º Plano Nacional de Cultura e a PEC da Cultura
A Comissão de Educação e Cultura da Câmara aprovou na manhã desta quarta-feira (23) o 1° Plano Nacional de Cultura, com relatório da deputada Fátima Bezerra ao PL 6835/06, construído após consulta em todo o país e segmentos. O Projeto agora segue para aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal.
O Plano representa um marco regulatório na Política Cultural, transformando-se no primeiro estatuto legal dos direitos culturais no Brasil, garantido pela Constituição Federal.
Também hoje, no final da tarde, a Comissão Especial das Receitas da Cultura aprovou, por unanimidade, o relatório da PEC 150/03 que destina orçamento de 2% para União, 1,5% para Estados e 1% para Municípios, proposta dos deputados petistas Zezéu Ribeiro, Paulo Rocha e Fátima Bezerra.

domingo, 20 de setembro de 2009

RedeCCom e Plataforma Publicidade - Parceria na Unidade Comunitária de Comunicação em Paracatu-MG para a Grande Festa do Cine Teatro Santo Antônio

Em 1.998, a vida cultural de Paracatu reconquistava seu espaço dedicado à Sétima Arte, com a inauguração do Cine Teatro Santo Antônio. Iniciativa da empresária Rosângela Carvalho, que ao presentear sua cidade natal com esta usina de emoções revitalizada, proporcionou às novas gerações um contato privilegiado com a linguagem cinematográfica, visto que salas de projeção são raras em cidades do interior.
Projetos educativos sucederam-se ao longo desta década no Cine Teatro Santo Antonio, alternando-se com a programação de lançamentos das distribuidoras. Entre estes projetos educativos, destaque para a Primeira e a Segunda Mostra de Vídeo Estudantil de Paracatu, realizadas com as produções geradas nas Oficinas Comunitárias de Produção Audiovisual, desenvolvidas em escolas municipais e particulares da cidade com o patrocínio da Secretaria Municipal de Educação. O Cine Teatro Santo Antonio fazia nascer assim um dos pontos mais fortes da Rede Comunitária de Comunicação, na irradiação de sua expansão horizontal. Nesta perspectiva e na sequência, grandes cenas vão escrever o roteiro de sucessos do Cine Teatro Santo Antônio. Já no próximo dia 2 de Outubro, será lançado o selo da Empresa de Correios e Telégrafos, alusivo ao evento e no dia 3 a grande festa continua. Não perca a programação!
Emília Noriko e Cláudia Peres, da Plataforma Publicidade, parceira da Rede Comunitária de Comunicação em Paracatu - MG nas Oficinas Comunitárias de Produção Audiovisual que vão cobrir os eventos de comemoração de 10 Anos de Revitalização do Cine Teatro Santo Antônio.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Educação para a Economia Solidária na RedeCCom







Concretizando sonhos e eficientes parcerias em rede. Mira Alves, Professora Sonia Carvalho da Faculdade de Educação da UnB, Maria do Carmo Sarmento Gonçalves e George Duarte.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

RedeCCom rememora Paulo Tovar

Bota água na bacia que a cara do dia
está querendo vir
Tira a tranca da janela
que de manhã cedo eu quero ver
O vôo da juriti
(Paulo Tovar/Aldo Justo)
Paulo Tovar, poeta brasiliense, nos deixou estes versos, traduções encantadoras da alma brasiliense. A Rede Comunitária de Comunicação reverencia o artista, que em sua curta existência entre nós, exemplificou a garra com que devemos fazer circular nosso produtos culturais. Legítimo representante da geração mimeógrafo , que floresceu em Brasília vendendo de mão em mão seus livros em bares e restaurantes, Tovar trazia ainda o diferencial de oferecer discos no seu menu criativo. Deus deve estar se divertindo com tantas versos que acabam de adentrar o paraíso!












deLuis Turiba
paraRedeCCom-Rede Comunitária de Comunicação

data16 de setembro de 2009 15:29
assuntoRe: RedeCCom rememora Paulo Tovar
enviado porgmail.com



Grande iniciativa, amigos
Publiquei um artigo sobre o nosso poetinha no meu blog -
Repasso a vocês

PAULO TOVAR, POETA QUE PULSOU COM BRASÍLIA
Luis Turiba

"Até logo! Até logo! Companheiro
Despeço-me sombrio e te asseguro
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro no futuro"
É sempre assim: quando um poeta descansa, toma seu rumo e pede passagem; é mais um verso que se faz lágrima na plumagem. Quando um poeta escorrega para a lembrança, é como a fumaça ou quem sabe, uma rima pobre na busca do rico milagre.
Com Paulo Tovar não será diferente. Ele também contribuiu para o Livro Universal da Poesia. Poeta andarilho, quase um Bashôzinho buscando seus caminhos nos campos de arroz pelo cerrado do Planalto Central, ele foi uma figura presente e marcante da nossa geração em Brasília. Juntou-se a nós (Nicolas Behr, Renato Matos, Haroldinho Matos, Neio Lúcio, Wagner Hermuche, Noélia. Paulo Djorge – vou parar nessa simbólica meia dúzia de três ou quatro) nessa caminhada que começou ali no início dos anos 80, no gramado da 310 Sul, nos Concertos Cabeças, e terminou agora depois de quase três anos de uma incansável luta contra um câncer no cérebro.
Tovar não passou em vão por esta trilha estreita, seca e breve que é nossa existência. Deixou seu carimbo. Fez poesias, músicas, parceiros, deixou filhos, amores, venceu festivais, criou polêmicas, plantou árvores. Tive a notícias da sua partida no início da noite de ontem. Ele havia sido levado para o hospital já totalmente inconsciente, com falência múltiplas dos órgãos. Era a viagem sem volta. O poeta iria descansar. Hoje, recebi muitos i-meios e certamente a internet será o canal ideal da sua despedida de tantas lembranças guerreiras.
Entre as mensagens, escolhi a de Paulo Timm, ex-secretário de Meio Ambiente do DF, economista, professor da UnB, também poeta como nosostros, ele escreveu:
"Não há como falar do Tovar sem falar em música. E não há como falar de sua morte sem emoção. E me ocorre uma bela e comovente canção - acho que do Chico Buarque ou cantada por ele, o Tovar sempre me criticava por entender pouco de música- , que diz: "Em Mangueira quando morre um poeta, todos choram". Pois hoje Brasília está transformada numa imensa Mangueira, toda verde e rosa chorando a passagem de um de seus maiores poetas: Paulo Tovar
Timm foi companheiro de Tovar em Olhos D´Água, assim como Áurea Lúcia, Renato Matos, Bic Prado e tantos outros. Conviveram com o poetinha no interior do Goiás, cuidando da terra e das águas.
Timm escreve: "Vai com a tua Juriti encantar novos caminhos. Fica apenas meu testemunho da tua condição humana, da tua alma frágil que jamais se deixou seduzir pelo desencanto de um mundo, que de tão cruel te marcou tanto, com tantas cicatrizes."
Façamos nossas, as sua palavras, professor. Paulo Tovar venceu o 1º Festival de Música da CUT Nacional. Inventou o poema-óculos; o "H2OlhoS", uma criação genial que ele vendia de bar em bar. Tinha sempre um projeto debaixo do braço e uma idealização na cuca, um jeito dengoso de ser e uma angústia no viver.

MARCO ZERO VENCEU O FESTIVAL DA CUT
(Paulo Tovar / Haroldinho Mattos)

Quando não havia torre, lago ou rodoviária
Que o Eixão era somente uma forma imaginária
A siriema cantava solene compenetrada
Vacas e bois ruminavam no meio da Esplanada
Partiu-se de um ponto
Traçaram-se as retas
Cruzaram-se os eixos
Riscaram-se os mapas
Somaram-se os números
Mediram-se os ângulos
Ligaram-se as máquinas
Rasgaram-se as ruas
Quando não havia ainda
Samambaia e Setor P
Quando lobos farejavam
Nos campus da UnB
E tatus faziam túneis
Muito antes do metrô
Tropeiros e comitivas
Arranchavam livremente
Onde se fez o Palácio
Onde se fez... a Rodô
Partiu-se de um ponto
Traçaram-se as retas
Cruzaram-se os eixos
Riscaram-se os mapas
Somaram-se os números
Mediram-se os ângulos
Ligaram-se as máquinas
Rasgaram-se as ruas
Quando só havia mesmo
Este céu por testemunha
Quando tudo que se via
Era o vasto chapadão
Seguidores de estrelas
Caçavam pedras e índios
Muito antes de Ana Lídia
Ou da forma... do avião
Partiu-se de um ponto
Traçaram-se as retas
Cruzaram-se os eixos
Riscaram-se os mapas
Somaram-se os números
Mediram-se os ângulos
Ligaram-se as máquinas
Rasgaram-se as ruas

Postado por Luis Turiba

6 comentários:
Anônimo disse...
Fiquei surpresa da partida do nosso querido Paulo Tovar, foi belo e poetico, reafirmo as palavras do Paulo Timm, parabens Turiba pela publicação no seu Blog

15 de Setembro de 2009 12:13
Anônimo disse...
TURIBA BELAS PALAVRAS E ME EMOCIONOU MUITO A PARTIDA DO PAULO TOVAR

15 de Setembro de 2009 12:15
Anônimo disse...
tovar se foi né?
bom camarada
agora é cantar pra subir

te ligo mais tarde

resa

15 de Setembro de 2009 17:39
Anônimo disse...
tovar se foi né?
bom camarada
agora é cantar pra subir

te ligo mais tarde

resa

15 de Setembro de 2009 17:39
rubao disse...
Trova Tovar
Ave-rara do planalto
Quero vê-lo
Altos voos alça

Até breve,meu amigo.

Rubens(216 norte)

Ps.Obrigado,Luís,pelo espaço.

15 de Setembro de 2009 19:41
Mamcasz disse...
Cumpadi, ele se foi.
Mas no meu brógui, disse que não.
Paulinho agora andarilha nos céus de Brasília.
Só não vá ele cair em cima da minha cabeça.
E o pior.
Soube da morte do Tovar no Correio na página DIVIRTA-SE!
Abss
http://mamcasz.wordpress.com/

sábado, 12 de setembro de 2009

Redeccom - Unidade Comunitária de Comunicação de Paracatu-MG






















































































































































































































































Oficinas Comunitárias de Produção Audiovisual
Cine Teatro Santo Antônio
Ponto de Cultura Fala Negra
Lançamento do selo comemorativo da ECT - 10 Anos de revitalização do Cine Teatro Santo Antônio de Paracatu

Projeto dos 10 anos de Revitalização do Cine e Teatro Santo Antônio em Paracatu-MG

Introdução
Trata-se de uma homenagem que a Associação dos Amigos da Cultura de Paracatu ao Cine e Teatro Santo Antônio pelos 10 anos de revitalização. Essa homenagem prevê a realização de várias atividades artísticas culturais, tendo inicio no dia 02 de outubro a 28 de novembro de 2009, tendo como produto final um DVD contendo todas as atividades e uma Cartilha sobre a História do Cine e Teatro em Paracatu.
Descrição das Atividades
A primeira etapa inicia no dia 02 de outubro de 2009, com a seguinte programação:
09h30min - Evento de Lançamento com atividades artísticas do Carimbo e Selo Comemorativos dos 10 anos de Revitalização do Cine e Teatro Santo Antônio – com a previsão das presenças: Ministro das Comunicações, Ministério da Cultura, Presidente dos Correios/ECT, Deputados Federais, Deputados Estaduais, Prefeito, Vereadores e demais autoridades locais.
Está previsto as seguintes atividades culturais: Banda Lira, Coral Stela Maris e Declamação do poema “Ser Mineiro”.
Local: Câmara Municipal, Praça da Matriz
Dia 03 de outubro de 2009 – Sábado.
18h30min - Tributo no Cine e Teatro Santo Antônio
- Homenagem às pessoas que tiveram em sua trajetória envolvimento e destaque com o cinema e o teatro de Paracatu;
Está previsto a entrega de um “troféu”
Local: Cine e Teatro Santo Antônio
21h00min - Atividades artísticas, shows musicais com artistas locais e participação especial da Banda Forró Lunar.
Local: Praça da Matriz ao lado do Cinema
Está previsto várias atividades artísticas como danças, circense, canto, poesias e barracas com comidas e bebidas na praça

Realização de Oficinas Comunitárias de Produção Audiovisual para elaboração de Roterização, produção e filmagens da primeira etapa
1) Serão aproveitados os alunos do Curso de Noções Básicas sobre filmagem e edição, que foi realizado pelo Instituto Fala Negra (Ponto de Cultura) em 2008. Esses alunos são em sua maioria negros e quilombolas;
2) Todas as etapas das oficinas, bem como o evento serão registradas em Making-Off;
3) Será realizada a I Mostra de Curta e Longa de Filmes nesse intervalo (filmes a escolher)

II Etapa (será marcada uma nova reunião posteriormente para discutir essa programação)
Data: 27 e 28 de novembro de 2009
- Realização de um seminário sobre “Avanços, perspectivas e desafios do Cinema Brasileiro”, com a Jornalista e critica de Cinema Maria do Rosário Caetano, lançamento de seus livros e lançamento da Cartilha sobre a História do Cinema em Paracatu.
- Lançamento em “Avant Premiere” de um Filme Brasileiro com presença de Diretores, Artistas – sessão fechada gratuita com convidados;
- Apresentação da Caretada entre outras manifestações culturais.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

RedeCCom ACAA nas Cavalhadas de Corumbá de Goiás


Dona Altina, tecelã das boas, Avani Gomes, secretária geral, Zeneide Lucena, presidente da ACCA e Fábio Ferrer no camarote do Embaixador Cristão das Cavalhadas de Corumbá de Goiás.


A Rede Comunitária de Comunicação/ACCA - Associação Cultural e Artística de Anápolis, dá continuidade aos seus projetos de articulação cultural regional no Centro Oeste, gerando eventos e registros das manifestações da cultura popular. Na região do colar colonial de Anápolis, aconteceram as Cavalhadas de Corumbá de Goiás, integrando a programação da Festa de Nossa Senhora da Penha de França. Os registros audiovisuais irão ao ar pelo programa Rede Comunitária.